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terça-feira, setembro 19, 2017

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A História da Vespa






A Vespa MP6 - 1946




A Piaggio foi fundada em Genova, capital da Ligúria, Itália em 1884 por Rinaldo Piaggio, de apenas 20 anos de idade.

No fim desse século, a Piaggio produzia locomotivas, carruagens de comboio, autocarros, e motores diversos. Com o advento da primeira Guerra Mundial, a empresa entrou em novas áreas de engenharia, produzindo componentes para aviões e navios. Em 1917, com o negócio a florescer, a Piaggio decidiu adquirir uma nova fábrica em Pisa. E quatro anos mais tarde, outra pequena fábrica situada em Pontedera, na região de Toscânia, que se veio a transformar no centro da Piaggio para a produção aeronáutica, produzindo hélices, motores e peças completas de aviões. Com o início da segunda Guerra Mundial, essa mesma fábrica de Pontedera começou a produzir um avançado avião de quatro motores, o “P 108″, quer na versão de passageiros quer na versão de bombardeiro.
Entretanto, mais tarde, a fábrica foi completamente destruída pelos  aliados devido à sua importância militar e estratégica.

Foi o filho de Rinaldo, Enrico Piaggio, que tomou posse da empresa após seu pai que, preocupado com o desastroso estado  das estradas e da economia italiana após a II Guerra Mundial, focou os objectivos da empresa nas necessidades de mobilidade do povo italiano, tendo encarregado aos seus engenheiros, de projectar um veículo simples, resistente e económico que fosse confortável e elegante

A primeira tentativa de criar tal veículo não terá corrido da melhor forma aos seus criadores, Renzo Spolti e Vittorio Casini que se terão inspirado nas antigas scooters Cushman fabricadas no Nebraska, USA, e frequentemente utilizadas durante a guerra para movimentar a inteligência e as tropas especiais aliadas. Mas o veículo não terá agradado a Enrico. O seu nome de código, MP5  (Moto Piaggio no. 5) rapidamente foi substituído por Paperino (o nome porque era conhecido em itália o Pato Donald).

Foi Corradino D’Ascanio o homem que desenhou, construiu e fez voar o primeiro helicóptero moderno, ainda na fábrica do Conde Agusta, e que já tinha colaborado com Inocenti no desenvolvimento da Lambretta, que resolveu o assunto.

D’Ascanio não suportava motos, por as achar pouco fiáveis e desinteressantes, e por isso desenhou e desenvolveu veículo revolucionário. Usando a sua experiência em tecnologia aeronáutica, inventou um veículo que poderia ser construído num mono-coque (termo francês para “casco único”) que se tornou a imagem de marca da Vespa.

O primeiro modelo da Vespa ficou pronto em 1946. O nome de código era MP6 mas como fez Enrico Piaggio, o seu mentor, exclamar quando a viu pela primeira vez: "Sembra una vespa!" (parece uma vespa), acabou por ser assim batizada!

No mês de Abril de 1946, as primeiras 15 Vespas saíram da fábrica de Pontedera. Estavam equipadas com um motor monocilíndrico, a dois tempos, refrigerado a ar, tinha 98cc, e debitava 3.5 cavalos de potência às 4.500 rpm. Estavam dotadas de uma caixa 3 velocidades e alcançavam os 60 Km/h.





A Vespa MP5 - Paperino






A primeira MV Agusta foi apresentada ao público no Outono de 1945. Era suposto chamar-se Vespa 98, mas o nome já tinha sido registado por Enrico Piaggio, pelo que a nova moto foi registada com o nome de 98, estando disponível em duas versões, a "Turing" e a "Economica".

As entregas aos primeiros clientes foram feitas já em 1946, ano em que a MV Agusta começou a conquistar as primeiras vitórias em competição, tendo conseguido colocar 3 motos no pódio em Monza, a 3 de Novembro desse ano.

sábado, agosto 26, 2017

Willie G is not dead

A Harley-Davidson apresentou há dias a sua nova gama de 2018. 8 novas "Softail", equipadas com motores Milwaukke Eight de 107 e 114 polegadas cúbicas foram as estrelas da apresentação que teve lugar, como habitualmente, no "Dealer Meeting" anual da marca. Não sei ainda se o mítico Willie G. Davidson esteve, como de costume, presente neste habitualmente sumptuoso e mediático evento, mas se esteve, seguramente não estaria tão feliz como em eventos anteriores.

Duas das suas mais preciosas criações, duas das mais emblemáticas gamas da marca que a ele foram tão queridas, pura e simplesmente desapareciam do catálogo da "the Motor Company"!

Os fãs mais atentos deram imediatamente por falta da gama Dyna, aquela que até há bem pouco tempo era, a que oferecia motos mais ágeis e leves.

A primeira Dyna foi lançada no mercado em 1971, com o mítico quadro "FX", desenhado pelo próprio Wille G, conseguido à custa da instalação de um bastidor proveniente duma FLH Electra Glide, com uma forquilha bastante mais leve, proveniente de uma XLH Sportster, e com o seu motor "Big Twin" instalado no quadro em suportes de borracha, que lhe conferiam uma sensação de condução muito própria.

Mas à medida que as novas Softail iam desfilando, deu-se conta de que a Low Rider S, a Street Bob e a Fat Boy passam a ter uma nova vida como Softails (a que as más linguas já chamam Dynatails).

E quando já todos os modelos que constituem a gama de 2018 tinham sido apresentados, é que foi possível perceber que a mítica "V-Rod" também já não consta do novo catálogo!


A V-Rod foi a grande revelação da marca no segundo milénio. Apresentada em 2000 como modelo da gama de 2001, representava um novo capítulo na história da marca. Nada nela era nostálgico, e no entanto, fascinava pelas suas linhas que eram imediatamente associadas ao estereotipo da marca. Baixa, longa, potente, muito potente, e acima de tudo, altamente tecnológica.

Com ela, o paradigma Harley era completamente alterado. Alumínio nas carenagens, depósito de combustível debaixo do assento e em plástico, um novo motor Revolution com cilindros afastados num ângulo de 60º em vez de 45º, que devido à revolucionária refrigeração por líquido, tinha sido desenvolvido e testado em parceria com a Porsche. Isto como destaque de uma ficha técnica pouco comum para a marca, numa época em que as apresentações da marca se limitavam basicamente a novos esquemas cromático e a novas conjugações dos diversos acessórios de fábrica disponíveis.

Mas apesar das suas linhas cativantes e da sua elevada performance, a V-Rod nunca foi um modelo "best seller". E nem o facto de ser consensualmente a única Harley que muitos motociclistas não "harlistas" seriam eventualmente capazes de conduzir e até gostar, a salvou da extinção, que terá sobretudo a ver com as cada vez mais apertadas normas de emissões de poluentes.

Abaixo deixo-lhe um excelente vídeo que conta a história deste modelo emblemático.