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domingo, maio 27, 2012

Honda CB1000R



Vai ficar na memória...

Apesar de ter forrado a mosquitos o meu casaco do fato Atlas, apesar de ter alargado o meu lindo e fantástico SHOEI e apesar de me ter deixado ficar com os bíceps bastante mais tonificados e o pescoço um pouco mais grosso, os mais de 1000km que fiz aos comandos desta Honda CB1000R souberam muito bem. Foi algo do género "And Now for Something Completely Different..." com potência a mais e proteção aerodinâmica a menos..

Sou um fã quase incondicional dos motores de quatro cilindros em linha. Sobretudo deste género, sempre pronto a debitar binário, mesmo em sexta velocidade, e tão dócil quanto violento, dependendo do uso que dermos à sua caixa de velocidades, no caso uma unidade típicamente Honda, muito precisa e suave, bem escalonada, e muito agradável de usar.

A "vibe" que provém do motor é viciante, e tentadora...
E a travagem dá gosto, é forte e doseável, desafiante.
Tal como o comportamento da ciclística, também muito bom.
Todo o conjunto é incisivo, fácil de colocar exactamente onde o queremos, sendo muito fácil de mudar de direção, com uma resposta muito rápida do amplo guiador que se revela bastante ergonómico. E isto apesar dos pneus montados já estarem a acusar excesso de autoestrada e demasiados arranques nos semáforos. Também nos pisos mais degradados e irregulares, a suspensão garante um bom contacto com o solo e um conforto muito razoável. Temos equipamento mais do que suficiente para andar muito depressa e com a máxima segurança.

No que respeita a consumos, tampouco me posso queixar. Autonomias a rondar os duzentos quilómetros, fazendo médias a rondar os 7,5 litros, nas nacionais cheias de curvas que andei a visitar cheio de pressa.
Apenas a iluminação se torna escassa. Sobretudo em curva, onde o foco perde bastante eficácia.
E o assento também merece reparo já que o encontrei um pouco rijo demais. Mas ainda assim, não se pode considerar isso um grande defeito, pois esta Honda nunca terá sido concebida para esticadas de 500km,  feitos de seguida e por estradas nacionais retorcidas, e uma grande parte do trajeto à chuva...
Por isso tampouco me vou queixar da escassa proteção aerodinâmica. E apesar do esquema cromático  ser demasiado "Power Ranger" para o meu gosto, tenho que admitir que esta Honda tem umas linhas que dão vontade de olhar. E claro, os olhos saltam logo para o monobraço, e para as lindíssimas jantes.

Vai ficar na memória...






Ficha técnica Honda CB1000R: 

O motor a 4t é um 4 cilindros em linha, com 16 valvulas controladas por uma dupla árvore de cames à cabeça, arrefecido por líquido. Tem 998cc de cilindrada e debita 123cv às 10.000 r.p.m.com 99Nm de binário às 7.700r.p.m. A ignição é feita por controlo digital, com avanço electrónico. Não apresenta ABS nem qualquer outro tipo de controlo electrónico. A forquilha, com bainhas invertidas de 43mm de diâmetro, tem ajuste infinito de regulação de pré carga, compressão e extensão e oferece um curso de 120mm. 
O amortecedor traseiro, instalado no mono-braço, é de gás e tem uma regulação de dez níveis de pré-carga e regulação infinita de extensão. Oferece um curso de 128mm. Pinças de dois pistões duplos, mordem um disco com 310mm de diâmetro na roda da frente, que calça um pneu 120/70-17, e uma pinça de travão simples morde o disco com 256mm da roda traseira que tem montado um pneu 180/55-17. A transmissão é feita por por corrente. A distância entre eixos é de 1.445mm. O assento fica a 825mm do chão. O depósito de combustível tem uma capacidade de 17l, incluindo 4 de reserva. O peso em ordem de marcha é de 217kg (Ft:106kg, Tr:111kg). O preço é de 11.250 Euros. Está disponível uma versão com ABS.







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