Os argumentos deste novo modelo da marca de Taiwan são muitos, sobretudo porque representam uma evolução substancial do antigo modelo que já tinha deixado a fasquia bem alta. As novas linhas mais angulosas, os novos faróis e farolins em LED e o redesenhado painel de instrumentos atraem a atenção. Por outro lado, as rodas maiores de 14” na frente e 13” na traseira, a nova suspensão, o quadro reforçado para aumentar a rigidez torsional, e os travões também melhorados, equipados com discos de diâmetro superior e acção combinada, garantem um desempenho dinâmico de muito bom nível.
A qualidade de construção pode considerar-se “premium” já que é absolutamente isenta de ruídos parasitas, mesmo quando circulamos em calçada, o pior serviço que se pode dar a esta 125cc de 172kg de peso. Ainda assim, a diferença para a versão anterior é substancial. As novas rodas usufruem de mais uma polegada de diâmetro do que as da sua antecessora e a suspensão, sobretudo a traseira, é bastante mais competente a digerir as irregularidades. Ainda assim, este continua a ser o pior aspeto da SYM GTS 125i. O reduzido curso de ambas as suspensões (88mm na frente e 89mm na traseira) não é compatível com as crateras do alcatrão das nossas cidades. Em contrapartida, nos troços em que o piso seja razoável, todo o conjunto evolui como se fosse em cima de um carril, garantindo um elevado prazer de condução.
A posição de condução também foi ligeiramente revista, com o assento a ficar agora a apenas 760mm do chão, cota suficiente para garantir uma maior confiança aos menos experientes ou aos condutores mais baixos e proporcionar também uma melhor proteção aerodinâmica. Na prática torna-se bastante mais ágil no meio do trânsito e até parece mais leve. Esta nova versão conta com grelhas de aquecimento no painel frontal que garantem, com a ajuda de um “avental”, uma viagem muito mais confortável.
A bem dizer, nesta remodelação apenas o motor se manteve inalterado. A debitar uns bastante saudáveis 13,5 cv que rapidamente sobem de rotação e que sem muito esforço empurram o regime de funcionamento para lá do “Red Line”, até às 10.000rpm (500 acima do máximo aconselhável) garantindo uma velocidade de ponta muito interessante para quem circule por essas vias rápidas e autoestradas. Apesar disso, o consumo mantém-se baixo, sendo muito fácil registar valores inferiores a 3 l/100km.
Para completar, salienta-se a boa capacidade de carga do compartimento debaixo do assento, que agora oferece luz de cortesia e cuja abertura elétrica é muito prática. O “porta-luvas” com fechadura, o novo acesso ao bucal de enchimento do depósito e a tomada de 12v são mais argumentos a que não se pode ficar alheio na altura de tomar uma decisão de compra.
A versão de 2014 já disponibiliza ABS e Start&Stop.
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