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sábado, abril 26, 2025

Teste BMW R1300 GS Adventure


Este foi o meu primeiro contacto com a nova GSA 1300. Depois de muita estrada feita com as versões anteriores da icónica aventureira bávara, que muito prazer me deram, tinha imensa curiosidade em testar esta nova versão. Isto porque, depois de ter andado com a “pequena” R1300GS, já desconfiava que a nova GSA não ia ser apenas uma ligeira evolução das versões anteriores. 

A GS tinha-se revelado muito mais desportiva, mais compacta e mais ágil que a sua antecessora, consequentemente mais exigente e divertida em termos de condução. E a curiosidade aumentou!

Felizmente a unidade do parque de imprensa da BMW Motorrad que me foi disponibilizada para este contacto estava equipada, não com a nova caixa de velocidades automática ASA (Automated Shift Assistant), mas com uma caixa de velocidades de accionamento convencional, com quickshifter, o que me permitiu fazer uma comparação ainda mais concisa. Como tal, com malas, bagagem e passageiro, fiz-me às retorcidas estradas do Alto Alentejo raiano para saciar a minha curiosidade.



 

sexta-feira, abril 11, 2025

Teste Morbidelli T1002VX

 

As primeiras impressões foram positivas. A Morbidelli apostou forte neste modelo. Bons acabamentos, boa ergonomia, bem equipada, linhas atrativas e um posto de condução confortável e desafogado, a par com diversas mordomias, deixaram-me efectivamente com água na boca para poder ficar a saber até que ponto é que o reduzido preço desta Morbidelli T1002VX é uma verdadeira pechincha! Porque apesar de o contacto que tive com ela ter sido bastante escasso, revelou um grande potencial.

A marca do grupo Keeway (que também detém as marcas Benelli e Benda) com sede em Xangai, valendo-se de um motor de 997cc com dois cilindros em “V” a 80º (estreado na estonteante cruiser Morbidelli C1002V)  que oferece um elevado binário disponível desde baixa rotação, mantendo-se vivo até debitar 87,2 cv às 7500 rpm, criou a base para uma “Papa Quilómetros” que permite andamentos vivos mesmo com bagagem ou passageiro.

Para mais, conta com ajudas eletrónicas avançadas como o sistema Bosch ABS Pro, e acelerador “Ride-by-wire” disponibilizando quatro modos de condução que ajustam a entrega de potência e a intervenção do ABS e do controlo de tração.

Leia mais aqui:

https://www.andardemoto.pt/test-drives/72907-teste-morbidelli-t1002vx-agua-na-boca/


terça-feira, março 11, 2025

Teste Honda NC750X

 


A Honda não se quis deixar ficar para trás na resposta aos desafios que as novas marcas chinesas estão a impor aos fabricantes tradicionais. Como tal, e apesar de a Honda NC750X ter argumentos suficientes para estar bem consolidada em termos de vendas e reputação, um pouco mais de performance e refinamento nunca são demais!

Resumidamente, neste novo modelo de 2025 encontramos um melhor desempenho de travagem e, na versão DCT, um desempenho da embraiagem dupla e da caixa de velocidades ainda mais refinados. Muitos dos plásticos das carenagens são agora fabricados com materiais recicláveis, diminuindo assim a sua pegada ecológica.

O novo painel de instrumentos e os comandos são mais modernos e funcionais e o farol viu a sua potência aumentada em 1,5 vezes para uma maior visibilidade. 

Leia mais aqui:

https://www.andardemoto.pt/test-drives/72658-teste-honda-nc750x-versatilidade-renovada/


domingo, fevereiro 16, 2025

Teste Honda XL 750 Transalp

 


Depois de ter reinado durante mais de duas décadas (1986 a 2008) e desaparecido durante quase outras tantas dos catálogos da Honda, a Transalp ressurgiu renovada em 2022. Perdeu o motor de configuração em V e os seus dois cilindros aumentaram de volume e passaram a estar alinhados um ao lado do outro.

E como o mundo pula e avança, sobretudo quando o mercado assim o exige, a Honda decidiu apostar ainda mais na Transalp, dando-lhe mais argumentos para 2025.

O motor continua a ser o mesmo da versão lançada em 2022, que também equipa a Hornet 750. Um bicilíndrico paralelo que debita 92cv de potência, assentes num binário máximo de 75 Nm, capaz de excelentes prestações, com uma boa resposta desde os baixos regimes, lesto na subida de rotação e com uma nota de escape viciante. 


Leia mais aqui:

https://www.andardemoto.pt/test-drives/72371-teste-honda-xl-750-transalp-elevado-potencial/


terça-feira, janeiro 14, 2025

Teste Honda NT1000 (2025)

 


A Honda NT1100 é a prova de que, para fazer longas viagens em bom ritmo, com todo o conforto e segurança, mesmo com passageiro e bagagem e sem preocupações com a meteorologia, não é preciso gastar nenhuma fortuna.

Sobretudo com esta nova versão de 2025 que foi agradavelmente revista e que se prevê que seja um ainda maior sucesso de vendas, apesar de, desde a sua chegada ao mercado europeu em 2021, já ter vendido quase 20.000 unidades, das quais dois terços equipadas com a transmissão automática DCT.

A sua popularidade e facilidade de utilização foram recentemente confirmadas com a revelação de que o modelo, com ligeiras alterações, vai chegar à América para servir nas diversas forças policiais dos Estados Unidos.


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https://www.andardemoto.pt/test-drives/71916-teste-honda-nt1100-2025-conforto-aumentado/


domingo, julho 07, 2024

Teste BMW R12 nineT

 


Ao contrário da versão base da R12, que se apresenta como uma cruiser descontraída que promete inúmeras possibilidades de customização, a R12 nineT é, já de si, uma moto exclusiva, capaz de gerar paixões, mesmo a quem apenas para ela olha. Já para quem nela se senta e faz à estrada, será difícil esquecer a experiência. 

O novo quadro, que permitiu aos designers conceber uma linguagem estética ainda mais pura e intemporal de inspiração cafe racer, suporta o emblemático motor de dois cilindros opostos (boxer) com quatro válvulas dispostas radialmente, que remonta à HP2 Sport de 2007 (por sua vez derivado do da R1200S) e cuja sonoridade e entrega de potência se tornaram num ícone do prazer de condução.

Apesar de na HP2 Sport este motor poder debitar quase 130cv, na R12 nineT a BMW reduziu a potência para, uns ainda assim muito aceitáveis, 109cv às 7,000 rpm, mantendo o binário máximo de 115 Nm às 6,500 rpm.


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https://www.andardemoto.pt/test-drives/70102-teste-bmw-r12-ninet-noblesse-oblige/


domingo, abril 21, 2024

Teste Moto Guzzi Stelvio


Era uma questão de justiça. A Stelvio nasceu em 2008, batizada com o nome da estrada alpina italiana, famosa pelas suas 48 impressionantes curvas empilhadas. Marcou uma geração de motos que se destacavam pelo seu elan e exclusividade, a par com um imaginário de liberdade e aventura.

Uma motorização única, uma atitude rebelde e linhas provocadoras, tornavam-na numa moto exclusiva, cheia de caráter e extremamente confortável para viajar, sem medo de enfrentar maus caminhos, e que por isso, e pela sua exclusiva transmissão por veio e cardã, se destacava no seu segmento. 

Isto, muito antes até de a maioria dos motociclistas descobrirem a conveniência e o prazer de condução proporcionados por uma Maxi-Trail. 

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https://www.andardemoto.pt/test-drives/69347-teste-moto-guzzi-stelvio-quintessencia-transalpina/


domingo, abril 14, 2024

Teste Yamaha XSR900 GP

 


A XSR900GP homenageia a rica história desportiva da Yamaha, ao mesmo tempo que incorpora tecnologia de ponta para atender às demandas de desempenho da actualidade. Com um design que evoca a nostalgia da década de 1980 e especificações técnicas avançadas, a Yamaha define a XSR900GP como uma fusão entre um passado glorioso e um futuro tecnológico.

A Yamaha conquistou o seu primeiro título na classe principal do Campeonato do Mundo de Velocidade na década de 1970 com Giacomo Agostini. Na década seguinte, repetiu a dose com 'King' Kenny Roberts que com a sua YZR500 conquistou três títulos consecutivos. 

O design da XSR900GP incorpora as cores mais icônicas da Yamaha, inspirada nas motos pilotadas por Wayne Rainey nos anos 1980 e início dos 1990. As linhas 'boxier' dessa época são refletidas nas carenagens, as primeiras da marca concebidas sem a tradicional técnica de modelo em barro, apenas com recurso a ferramentas digitais de 3D.

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https://www.andardemoto.pt/test-drives/69401-teste-yamaha-xsr900-gp-retro-performance/


terça-feira, março 26, 2024

Teste Harley-Davidson Road Glide / Street Glide 2024


 As novas Road Glide e Street Glide da Harley-Davidson foram alvo de uma substancial operação de rejuvenescimento para 2024. As novas carenagens frontais são apenas a ponta do véu, que revela uma grande intervenção geral que as tornou substancialmente mais eficazes dinamicamente.

Além de redesenhadas, e de oferecerem uma maior proteção aerodinâmica, as mais populares Baggers de Milwaukee estão agora mais potentes, mais confortáveis e mais leves. As novidades são muitas, tantas que aos seus comandos a diferença para os modelos anteriores é realmente notável. Recentemente tive a oportunidade de testar e fazer uns bons quilómetros aos comandos de uma Street Glide ST de 2023, equipada com a anterior versão de 117 polegadas cúbicas do motor Milwaukee Eight, por isso foi quase um choque a evolução que este modelo agora apresenta. Mas vamos por partes.

Primeiro é imperativo referir, e de forma que vou tentar que não seja aborrecida, todas as evoluções técnicas destes modelos, algo que, no caso das Harleys, é sempre um grande acontecimento e quase um passe de magia, pois exteriormente as novidades da marca são geralmente praticamente imperceptíveis.

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https://www.andardemoto.pt/test-drives/68684-teste-harley-davidson-road-glide-street-glide-2024-grand-american-tourers/


terça-feira, fevereiro 27, 2024

Teste Indian Sport Chief

 

Poderia dizer-se que esta Indian Sport Chief é uma ode ao minimalismo. Como qualquer desportiva, toda a sua essência é focada na performance. E a performance depende muito da relação peso/potência. Tratando-se de uma cruiser, este tema parece um pouco descabido, mas a verdade é que há Cruisers e Cruisers, e a Sport Chief destaca-se de entre as demais.

Montado num quadro fabricado em tubos de aço, extremamente rígido, o motor Thunderstroke 116, refrigerado a ar, com uma cilindrada de 1890 cc e um binário de 162Nm às 3.200rpm, que lhe confere cerca de 100cv por volta das 4.500rpm, é a estrela do conjunto que no seu total, em ordem de marcha e com o depósito atestado, pesa uns modestos 311kg. 

Além do seu aspecto imponente e robusto, instala-se na moto como a peça central, chamando sobre si a atenção e sugerindo uma atitude forte e um caráter muito particular. 


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https://www.andardemoto.pt/test-drives/68378-teste-indian-sport-chief-performance-minimalista/


quarta-feira, fevereiro 21, 2024

Teste Africa Twin Adventure Sports (2024)

 

O mês de janeiro de 2024 acabou em grande, com a apresentação internacional da nova Honda Africa Twin Adventure Sport. Apesar de a versão base, mais destinada ao off-road, também ter sido alvo de melhoramentos, a Honda decidiu apresentar com mais impacto e em primeira mão a sua renovada moto de turismo aventura. O cenário foi pintado com dias primaveris, paisagens deslumbrantes e estradas de encantar, que permitiram aos muitos jornalista europeus que foram convidados a vir ao sul de Portugal desfrutarem das condições praticamente perfeitas que o Algarve oferece a este tipo de eventos.

Com o apoio dos engenheiros japoneses da marca, os convidados presentes tiveram oportunidade de rever a história do modelo, desde a mãe de todas as Africa Twin, a NXR750, que nasceu em 1986 e ficou famosa por ter vencido o Rali Dakar por quatro vezes consecutivas, e das diversas evoluções que mantiveram o modelo em produção até 2001, com um volume de vendas superior a 73.000 unidades em todo o mundo.

Depois revimos a segunda geração do modelo icónico que nasceu em 2016, com o nome CRF1000L Africa Twin, que foi posteriormente actualizada em 2000, passando a denominar-se CRF1100L, tendo os dois modelos, nas duas versões, já vendido mais de 85.000 unidades, com a Adventure Sports a reclamar mais de metade das vendas. Facto curioso, cerca de 60% das Adventure Sport e mais de 40% das versões base, vendidas nos últimos anos 3 anos, estão equipadas com a embraiagem DCT. 



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https://www.andardemoto.pt/test-drives/68444-teste-africa-twin-adventure-sports-personalidade-renovada/


quarta-feira, dezembro 13, 2023

Teste Harley-Davidson Street Glide ST

 


Quem nunca conduziu uma Harley-Davidson faz normalmente um juízo de valores negativo do conceito cruiser. E quem não tiver experiência na condução de uma moto destas dimensões, dificilmente vai poder dar valor aos seus predicados e facilmente tender a encontrar defeitos naquilo que os puristas da marca definem como carisma ou até mesmo qualidade.

No entanto, quem for fã do conceito, não vai ficar indiferente às sensações que este tipo de moto proporciona, e dificilmente vai encontrar melhor do que o que esta Street Glide ST oferece.

A Street Glide é a moto mais icónica da Harley-Davidson. É também o modelo mais vendido da marca e um daqueles que seguramente eu tinha na minha garagem se tivesse €spaço para ela.

É também uma das cruisers em que já fiz mais quilómetros, acompanhando a sua evolução ao longo dos anos, muitas vezes em viagem, sobretudo desde que, em 2014, a Harley revolucionou os seus modelos com o Project Rushmore, então ainda com os motores Twin Cam 103 Twin-Cooled e mais ainda desde que a marca adotou o motor Milwaukee Eight, em motos como a Street Glide Special 107 de 2017 e a Street Glide Special 114 de 2020.

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https://www.andardemoto.pt/test-drives/67911-teste-harley-davidson-street-glide-st-estilo-e-performance/

terça-feira, dezembro 12, 2023

Teste Suzuki GSX-S1000 GX


A Suzuki acaba de apresentar a sua nova coqueluche, uma turística desportiva dotada de suspensões de maior curso e guiador elevado para promover o conforto.

Uma alternativa às motos de aventura, para aqueles que acham que a terra é para a agricultura e não para andar de moto. Caindo num segmento em que a concorrência direta é pouca, apenas a BMW S1000XR apresenta uma potência semelhante com um motor de quatro cilindros em linha e um nível tão elevado de ajudas eletrónicas à condução, esta Suzuki é uma opção versátil, capaz de uma grande polivalência, seja para uma utilização diária, seja como companheira de viagens, a solo, ou com passageiro.

Esteticamente agradável e consensual, apresenta uma carenagem frontal esculpida em túnel de vento, com painéis sobrepostos em cores diferentes, que criam condutas aerodinâmicas que promovem estabilidade e defletem a turbulência. 



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https://www.andardemoto.pt/test-drives/67857-teste-suzuki-gsx-s1000-gx-hiper-sport-tourer/


terça-feira, outubro 10, 2023

Teste CFMOTO 800MT Explore

 


Bem vistas as coisas, não é preciso fazer 3.000 quilómetros para testar uma moto. É certo!

Mas fui levantar a CFMOTO 800MT Explore às instalações do importador, em Oliveira de Azeméis. Fiz-me à estrada a caminho de Lisboa. Dias depois rumei ao Oeste, pela zona Saloia, para garantir uma sessão de fotos de qualidade para ilustrar este trabalho. 

Um par de dias mais tarde parti com ela, rumo a norte, para uns dias de descanso. Até chegar aos destino ziguezagueei por estradas remotas e velhos caminhos, atravessei o Alto Alentejo, a Beira Baixa e a Beira Alta, com passageiro e malas carregadas, em ritmo de passeio. Por lá aproveitei para explorar mais umas quantas pérolas rodoviárias, outras tantas maravilhas paisagísticas e umas quantas preciosidades gastronómicas que a região oferece. 

Acabada a boa-vida regressei a Lisboa e no odómetro já tinha somado mais de 2000 quilómetros. Depois de uma noite em casa segui para Faro, e dois dias depois regressei a Lisboa, não sem antes aproveitar o facto de ter deixado a pendura em casa, e deambular em rimos mais acelerados pelo Alentejo profundo. 

Passei uma semana em Lisboa, a dar à CFMoto 800MT uma utilização diária urbana e uma volta à Serra da Arrábida, sem malas, para melhor poder explorara a ciclística, antes de me meter à estrada e a ir devolver ao importador, já perfeitamente convencido que não me importava nada de a ter guardado na minha garagem.

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https://www.andardemoto.pt/test-drives/67126-teste-cfmoto-800mt-explore-lusotrotter/

terça-feira, agosto 01, 2023

Ducati Diavel V4 - Prazer infernal

 


Era uma vez uma cruiser com ambições. Nasceu provocadora, para desassossegar tudo e todos com a sua atitude pouco digna para a sua classe. Farta de ser apenas melhor que as outras, jurou que havia de mudar da classe power cruiser, para onde a pudessem perceber melhor.

Roubou um desportivo motor V4 e tornou-se numa nova classe de moto que não tinha concorrência, e que era muito difícil de classificar.

Eventualmente esta poderia ser uma história que qualquer moto do futuro contaria às suas netas. Mas a verdade é que a Ducati Diavel sempre foi considerada uma falta de respeito para o seu segmento. 

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https://www.andardemoto.pt/test-drives/65454-teste-ducati-diavel-v4-prazer-infernal/

Kawasaki KZ1000 Jim Goose - uma moto do filme Mad Max

 


Foi no longínquo ano de 1979 que o primeiro filme da saga Mad Max (conhecido como “As motos da morte”) estreou nos cinemas australianos.

Com a direção de George Miller e um jovem Mel Gibson como protagonista no papel do agente “Mad” Max Rockatansky, o filme retratava um mundo pós-apocalíptico em que a MFP (Main Force Patrol) era a força que tentava manter a ordem.

Como parceiro, Max tinha um intrépido colega, Jim ‘The Goose’ Rains (Steve Bisley), que surge no grande ecrã aos comandos de uma altamente modificada Kawasaki de 1977.

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https://www.andardemoto.pt/test-drives/64646-kawasaki-kz1000-jim-goose-uma-moto-do-filme-mad-max/


Moto Guzzi V100 S Mandello - Raínha do Charme

 


Nascida da mais arreigada tradição e herdeira da mais profunda paixão que estiveram na origem da fantástica história do motociclismo europeu, foi num dos mais icónicos locais dessa mesma história que a Moto Guzzi V100 Mandello foi apresentada aos media internacionais. Estive presente e vou aqui contar-lhe tudo. 

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https://www.andardemoto.pt/test-drives/62970-teste-moto-guzzi-v100-s-mandello-rainha-do-charme/


terça-feira, setembro 19, 2017

Teste BMW K1600 GTL

Teste Moto Guzzi V7 Stone III 2017





A História da Vespa






A Vespa MP6 - 1946




A Piaggio foi fundada em Genova, capital da Ligúria, Itália em 1884 por Rinaldo Piaggio, de apenas 20 anos de idade.

No fim desse século, a Piaggio produzia locomotivas, carruagens de comboio, autocarros, e motores diversos. Com o advento da primeira Guerra Mundial, a empresa entrou em novas áreas de engenharia, produzindo componentes para aviões e navios. Em 1917, com o negócio a florescer, a Piaggio decidiu adquirir uma nova fábrica em Pisa. E quatro anos mais tarde, outra pequena fábrica situada em Pontedera, na região de Toscânia, que se veio a transformar no centro da Piaggio para a produção aeronáutica, produzindo hélices, motores e peças completas de aviões. Com o início da segunda Guerra Mundial, essa mesma fábrica de Pontedera começou a produzir um avançado avião de quatro motores, o “P 108″, quer na versão de passageiros quer na versão de bombardeiro.
Entretanto, mais tarde, a fábrica foi completamente destruída pelos  aliados devido à sua importância militar e estratégica.

Foi o filho de Rinaldo, Enrico Piaggio, que tomou posse da empresa após seu pai que, preocupado com o desastroso estado  das estradas e da economia italiana após a II Guerra Mundial, focou os objectivos da empresa nas necessidades de mobilidade do povo italiano, tendo encarregado aos seus engenheiros, de projectar um veículo simples, resistente e económico que fosse confortável e elegante

A primeira tentativa de criar tal veículo não terá corrido da melhor forma aos seus criadores, Renzo Spolti e Vittorio Casini que se terão inspirado nas antigas scooters Cushman fabricadas no Nebraska, USA, e frequentemente utilizadas durante a guerra para movimentar a inteligência e as tropas especiais aliadas. Mas o veículo não terá agradado a Enrico. O seu nome de código, MP5  (Moto Piaggio no. 5) rapidamente foi substituído por Paperino (o nome porque era conhecido em itália o Pato Donald).

Foi Corradino D’Ascanio o homem que desenhou, construiu e fez voar o primeiro helicóptero moderno, ainda na fábrica do Conde Agusta, e que já tinha colaborado com Inocenti no desenvolvimento da Lambretta, que resolveu o assunto.

D’Ascanio não suportava motos, por as achar pouco fiáveis e desinteressantes, e por isso desenhou e desenvolveu veículo revolucionário. Usando a sua experiência em tecnologia aeronáutica, inventou um veículo que poderia ser construído num mono-coque (termo francês para “casco único”) que se tornou a imagem de marca da Vespa.

O primeiro modelo da Vespa ficou pronto em 1946. O nome de código era MP6 mas como fez Enrico Piaggio, o seu mentor, exclamar quando a viu pela primeira vez: "Sembra una vespa!" (parece uma vespa), acabou por ser assim batizada!

No mês de Abril de 1946, as primeiras 15 Vespas saíram da fábrica de Pontedera. Estavam equipadas com um motor monocilíndrico, a dois tempos, refrigerado a ar, tinha 98cc, e debitava 3.5 cavalos de potência às 4.500 rpm. Estavam dotadas de uma caixa 3 velocidades e alcançavam os 60 Km/h.





A Vespa MP5 - Paperino






A primeira MV Agusta foi apresentada ao público no Outono de 1945. Era suposto chamar-se Vespa 98, mas o nome já tinha sido registado por Enrico Piaggio, pelo que a nova moto foi registada com o nome de 98, estando disponível em duas versões, a "Turing" e a "Economica".

As entregas aos primeiros clientes foram feitas já em 1946, ano em que a MV Agusta começou a conquistar as primeiras vitórias em competição, tendo conseguido colocar 3 motos no pódio em Monza, a 3 de Novembro desse ano.

sábado, agosto 26, 2017

Willie G is not dead

A Harley-Davidson apresentou há dias a sua nova gama de 2018. 8 novas "Softail", equipadas com motores Milwaukke Eight de 107 e 114 polegadas cúbicas foram as estrelas da apresentação que teve lugar, como habitualmente, no "Dealer Meeting" anual da marca. Não sei ainda se o mítico Willie G. Davidson esteve, como de costume, presente neste habitualmente sumptuoso e mediático evento, mas se esteve, seguramente não estaria tão feliz como em eventos anteriores.

Duas das suas mais preciosas criações, duas das mais emblemáticas gamas da marca que a ele foram tão queridas, pura e simplesmente desapareciam do catálogo da "the Motor Company"!

Os fãs mais atentos deram imediatamente por falta da gama Dyna, aquela que até há bem pouco tempo era, a que oferecia motos mais ágeis e leves.

A primeira Dyna foi lançada no mercado em 1971, com o mítico quadro "FX", desenhado pelo próprio Wille G, conseguido à custa da instalação de um bastidor proveniente duma FLH Electra Glide, com uma forquilha bastante mais leve, proveniente de uma XLH Sportster, e com o seu motor "Big Twin" instalado no quadro em suportes de borracha, que lhe conferiam uma sensação de condução muito própria.

Mas à medida que as novas Softail iam desfilando, deu-se conta de que a Low Rider S, a Street Bob e a Fat Boy passam a ter uma nova vida como Softails (a que as más linguas já chamam Dynatails).

E quando já todos os modelos que constituem a gama de 2018 tinham sido apresentados, é que foi possível perceber que a mítica "V-Rod" também já não consta do novo catálogo!


A V-Rod foi a grande revelação da marca no segundo milénio. Apresentada em 2000 como modelo da gama de 2001, representava um novo capítulo na história da marca. Nada nela era nostálgico, e no entanto, fascinava pelas suas linhas que eram imediatamente associadas ao estereotipo da marca. Baixa, longa, potente, muito potente, e acima de tudo, altamente tecnológica.

Com ela, o paradigma Harley era completamente alterado. Alumínio nas carenagens, depósito de combustível debaixo do assento e em plástico, um novo motor Revolution com cilindros afastados num ângulo de 60º em vez de 45º, que devido à revolucionária refrigeração por líquido, tinha sido desenvolvido e testado em parceria com a Porsche. Isto como destaque de uma ficha técnica pouco comum para a marca, numa época em que as apresentações da marca se limitavam basicamente a novos esquemas cromático e a novas conjugações dos diversos acessórios de fábrica disponíveis.

Mas apesar das suas linhas cativantes e da sua elevada performance, a V-Rod nunca foi um modelo "best seller". E nem o facto de ser consensualmente a única Harley que muitos motociclistas não "harlistas" seriam eventualmente capazes de conduzir e até gostar, a salvou da extinção, que terá sobretudo a ver com as cada vez mais apertadas normas de emissões de poluentes.

Abaixo deixo-lhe um excelente vídeo que conta a história deste modelo emblemático.

domingo, julho 17, 2016

35ª concentração de Faro 2016 - Uma rapidinha...

A Yamaha XJR 1300 foi a minha escolha para ir à 35ª concentração de Faro em 2016.

 O facto de ser uma moto que sempre quiz ter e o destino sempre a ter negado, aliado ao facto de ir ser descontinuada do catálogo da marca devido à entrrada em vigor da directiva europeia Euro4 a partir de 1 de Janeiro de 2017, fez dela a opção do coração quando o importador nacional me disse que tinha uma unidade disponível.

 Claro que ainda estou a tirar mosquitos dos respiradores do meu querido capacete Schuberth C3 Pro, e que tive que passar Fairy no meu blusão de pele, nas luvas e nas alças da mochila. - As calças de ganga vão na segunda lavagem e as botas ainda nem comecei a tratar delas pois o cheiro a peixe dos mosquitos esborrachados já me enjoa.

 Mas a ida para o Algarve, com saída de casa a horas impróprias, e o regresso ao princípio da noite, valeram bem a pena.

Claro que o convívio em Faro também foi importante. E se ser júri do Bike Show é sempre um motivo de orgulho, também é frustrante o facto de não conseguir encontrar muitas das pessoas que
estavam no recinto e com quem gostaria de ter partilhado uma cerveja. Mas não se poder ter tudo...

 Aqui fica um pequeno registo da viagem.



O pássaro madrugador...



Isto é só porque não acredito no Messias. Nem na Mimosa!





Um dos melhores troços da mítica N2, que este ano se veio a revelar uma autêntica fornalha!



O Caldeirão estava literalmente a ferver e não corria qualquer aragem!



Ainda não tinha este, na minha colecção de fotos dos marcos da N2



A Ginjinha, onde os Ingleses que ainda conseguem ver alguma coisa, lavam a vista com as meninas do balcão.



O sempre imponente palco



Os resultados do Bike Show! O Mortágua Fighter está de parabéns! 
A sua Streetfighter foi a eleita.



sexta-feira, maio 22, 2015

KTM 1050 - Aventura garantida

BMW R1200R - Despida de preconceitos

terça-feira, maio 12, 2015

MV Agusta Butale 800 Dragster... Instinto Selvagem

segunda-feira, maio 11, 2015

MV Agusta Stradale 800 - Desempenho Bipolar

terça-feira, fevereiro 03, 2015

Yamaha R1 Bobber Fatty – Speedconcepts



Tyson Timperley e Todd Treffert da Speedconcepts queriam criar uma moto diferente: uma Bobber, inspirada nas motos de competição dos anos 20, com um cheirinho a Cafe Racer dos 60's. Os desenhos começaram, como tantas outras grandes criações, num guardanapo de papel, num bar em Milwaukee, e decidiram chamar-lhe "Fatty" que é como quem diz: gordinha!


Daí a Tyson comprar uma R1 de 2007 foi um instante e durante 10 meses, muitos desenhos, cafés e cervejas e horas de trabalho depois, o resultado é o que podem ver nas imagens. Da moto original apenas aproveitaram o motor e a suspensão dianteira. O quadro rígido foi completamente construído de raiz, em tubo de aço que se estende por arcos amplos e suaves com o propósito de suportar o assento flutuante e o respetivo amortecimento que providencia algum conforto ao condutor. Os quatro escapes entrançam-se entre o motor e o quadro, formando uma verdadeira escultura.




A proteção do radiador Ron Davis Racing evoca os antigos "Hot Rods" e é construída em fibra de vidro. Jantes “Pickard” de 23 polegadas na frente e 20 polegadas na traseira calçam pneus Avon de medida 130 e 280 respetivamente. A pintura era suposta ser simples, por isso mantiveram um esquema cromático negro, com contrastes entre o brilhante e o baço.


Foto by: Jessica Johnk


Juro que gostava de lhe pôr a mão!

terça-feira, janeiro 13, 2015

NSU Bison 2000

NSU Bison 2000


Franz Langer já detinha desde Dezembro de 1998 o recorde de construção de um motor monocilíndrico com 1000cc, o maior alguma vez fabricado. Mas da segunda vez decidiu literalmente duplicar a façanha, e construiu esta monstruosa Bison!

Partindo de um motor de uma NSU Konsul 500, primeiro tentou adaptar-lhe um pistão de um motor radial de avião, com 146 mm de diâmetro, mas o peso de 3,3 kg rapidamente obrigou Franz a mudar de estratégia.

Contactou por isso, o fabricante de pistões MAHLE que anuiu em fazer uma cópia do pistão aeronautico, mas numa liga metálica mais leve. O resultado foi uma significativa redução de peso, para uns meros 1670 g. Com a ajuda de uma empresa especializada, Franz alargou e acrescentou em altura o bloco do motor em 6,6 cm para conseguir encaixar o novo pistão no cilindro e assim conseguir uma cilindrada de 2000cc..

A cambota foi readaptada e pesa uns modestos 34 kg, comparada com o peso total da moto que ascende a 305kg. Para isso também contribui a linha de escape, fabricada em aço inox de 75mm de diâmetro e que não tem silenciador e que deve fazer as delícias dos que gostam de "loud pipes". A Bison tampouco tem motor de arranque, apenas um "kick starter". Apesar da idade avançada, Franz garante que a consegue por a trabalhar!



NSU Konsul 500


E podem vê-la em plena ação no vídeo abaixo:






NOTA:

Entretanto, já há notícia de um motor monocilíndrico com 3000cc de cilindrada.

Veja aqui: http://thekneeslider.com/3000cc-single-cylinder-motorcycle/


E se gosta de motores em grande, ainda há mais este:

http://thekneeslider.com/leonhardt-410-cubic-inch-v-twin-motorcycle/


Fonte: http://sinsheim.technik-museum.de/en/en/nsu-self-building

quarta-feira, dezembro 17, 2014

Killinger und Freund Motorrad





A Killinger und Freund é uma moto que, devido à IIGG, nunca chegou às linhas de produção.

O único exemplar que existe (não se conhece nenhum outro) foi descoberto por um militar americano, numa instalação militar alemã, por altura do final da guerra, na primavera de 1945.

No entanto, ao que parece, a moto foi construída em 1935, por um grupo de cinco engenheiros alemães, de Munique, denominado precisamente Killinger und Freund. Trata-se de uma derivação de outra moto alemã, a Mégola, de tração dianteira e que com o seu motor rotativo a dois tempos, instalado na roda da frente, venceu várias corridas nos anos de 1920.

Mas esta Killinger apresentava significativas diferenças para o modelo que a inspirou. A mais notória prende-se com o aspeto aerodinâmico do seu desenho, uma imposição dos seus criadores que queriam todas as partes móveis cobertas e protegidas da lama e do pó, a resultar em linhas muito elegantes e fluidas.

No entanto, outras diferenças significativas fazem dela um grande avanço tecnológico para a época. A começar no motor a dois tempos e com 600cc de cilindrada, também ele a fazer parte da própria roda dianteira, mas que em vez de cinco, apresentava apenas três ciclindros, conseguindo um peso total de apenas 50kg devido à sua fundição em liga de aluminio. Aliás, todo o conjunto era extremamente leve, pesando a moto apenas 135kg.

A alimentação era feita por uma válvula rotativa e o carburador foi especificamente desenvolvido para eliminar os problemas de carburação da Megola, devidos à vibração das agulhas, enquanto que os braços da jante fundida serviam de ventoínha potenciando a refrigeração do motor.

A jante era construída de forma que permitia remover o pneu em caso de furo, sem ter que desmontar o centro da roda onde o motor estava acoplado. Mas para desmontar o motor, também bastava apenas desapertar dois parafusos e desligar alguns cabos e tubagens, nomeadamente a linha de combustível e os cabos de alimentação elétrica e do travão, que estava instalado no cubo da roda.

O quadro tubular era mais resistente, tal como a forquilha, e a Killinger também já dispunha de suspensão em ambos os eixos, sendo que a roda traseira era suportada por um dispositivo de metal e borracha que não necessitava de manutenção. Por tudo isto, a direção já se comportava praticamente como a de uma moto convencional. No capítulo do conforto ainda era possível, através da abertura do quadro, ajustar as molas do assento de acordo com as especificações do condutor.

A Killinger, relativamente à Megola, ainda tinha a grande vantagem de estar equipada com uma caixa de duas velocidades que era operada através de cabos de aço, accionados por pedal, e uma embraiagem convencional de molas e discos.

















Fontes:

http://www.warhistoryonline.com/featured-article/captured-german-killinger-und-freund-motorrad-1945.html

http://www.cockerell.de/08%20Killinger%20und%20Freund.htm







sábado, dezembro 06, 2014

Moto do Sheriff - Raul Velloso




Há 15 anos que a arte é a sua profissão. Felizmente para nós, Raul Velloso também é motociclista. Anda de moto desde que se conhece, já teve várias e a todas fez modificações, mas sempre sem gastar muito dinheiro, valendo-se sobretudo da sua fértil imaginação.

Há uns tempos, decidiu pegar na sua antiga e rara BMW R80R e começar a personalizá-la.
Depois do motor, que foi completamente revisto e que viu a sua cilindrada aumentada para 1000 cc, o assento foi a primeira peça a ser alvo da sua atenção. Provém duma Vincent de 1943. A carburação e a admissão direta foi outro dos grandes passos. O escape também foi alterado, só que os gases saem agora livremente, apesar de atravessarem o ex-catalizador que agora simula a função de ponteira.

O amortecedor traseiro provém de uma Honda CR450 e está em preparação uma nova forquilha Kayaba de 47mm de diâmetro para completar a suspensão.

O conta quilómetros pertencia a uma velha Bultaco e está aplicado num velho barril de 3 litros, em madeira, que serve de pequena carenagem. A acompanhá-lo, um velho capacete de mergulho, revestido a bronze, encerra o farol dianteiro.A pintura em vinil negro mate suporta o lettering “Far West”, que combina com o dourado do motor, conseguido com uma pintura especial à base de pó dourado.

Mas este é um trabalho em permanente evolução e o próximo passo será o mais arrojado, já que Raul pretende anexar ao conjunto um par de side cars muito especiais, construídos também eles a partir de velhos barris de madeira. Fico ansioso para ver o resultado.

Para além desta moto, Raul tem mais projetos, (ou engendros, como lhes chama) em curso, um com uma CBR600 que enverga um estilo Mad Max, e outro que irá resultar parecido com uma Indian flat tracker. Diz, na brincadeira, que é o El Solitário de Cangas!

Obrigado Raul, pela partilha! Vai dando noticias!







O esquema para os futuros sidecars



a R80R original